quarta-feira, 2 de maio de 2007

Gelo do Ártico pode derreter 30 anos antes do previsto




Oceano no topo do mundo pode ficar sem ou quase sem calotas no verão até 202


WASHINGTON - A capa de gelo do Ártico está derretendo muito mais rápido do que o esperado e cerca de 30 anos antes do que o previsto pelo Painel Intergovernamental de Mudança Climática, disse nesta terça-feira, 1, um especialista em gelo norte-americano.

Isso significa que o oceano no topo do mundo pode ficar sem ou quase sem gelo no verão até 2020, três décadas antes do que as previsões mais sombrias do painel, que eram de 2050.

A ausência de gelo no Oceano Ártico durante o verão seria um grande estímulo ao aquecimento global, disse Ted Scambos, glaciologista do Centro Nacional de Neve e Gelo no Colorado.

"No momento...o Ártico ajuda a manter a Terra fria", disse Scambos em entrevista por telefone. "Sem esse gelo do Ártico, ou com muito menos, a Terra vai aquecer muito mais rápido".

Isso porque o gelo reflete luz e calor. Quando ele desaparece, a terra ou mar muito mais escuros absorve mais luz e calor, fazendo com que seja mais difícil para o planeta esfriar, mesmo no inverno, disse ele.

"Parece que estamos no ritmo cerca de 30 anos antes do esperado para alcançar um estado em que não temos gelo no mar ou pelo menos não muito no final do verão no Oceano Ártico", disse ele.

Ele disse que não tem dúvidas de que isso é causado em grande parte por gases do efeito estufa na atmosfera, que segundo ele é a única coisa capaz de mudar a Terra em escala tão grande por tantas latitudes.

Mas ele acredita que o aquecimento contínuo é inevitável nas próximas décadas. "A longo prazo e para os próximos 50 anos, acho que até mesmo o novo relatório vai concordar que teremos um bom aquecimento", disse Scambos.

Um comentário:

Unknown disse...

aquecimento global refere-se ao aumento da temperatura média dos oceanos e do ar perto superfície da Terra que se tem verificado nas décadas mais recentes e à possibilidade da sua continuação durante o corrente século. Se este aumento se deve a causas naturais ou antropogênicas (provocadas pelo homem) ainda é objeto de muitos debates entre os cientistas, embora muitos meteorologistas e climatólogos tenham recentemente afirmado publicamente que consideram provado que a ação humana realmente está influenciando na ocorrência do fenômeno. O Intergovernmental Panel on Climate Change - IPCC - (Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas, estabelecido pelas Nações Unidas e pela Organização Meteorológica Mundial em 1988) no seu relatório mais recente[1] diz que a maioria do aquecimento observado durante os últimos 50 anos se deve muito provavelmente a um aumento do efeito estufa, causado pelo aumento nas concentrações de gases estufa de origem antropogênica (incluindo, para além do aumento de gases estufa, outras alterações como, por exemplo, as devidas a um maior uso de águas subterrâneas e de solo para a agricultura industrial e a um maior consumo energético e poluição).



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